
Faz hoje 34 anos sobre a Revolução dos Cravos, a revolução mais importante da história de Portugal contemporâneo. Recordo-me de ouvir as notícias correrem na rádio, na pequena telefonia que encostei ao meu ouvido e de ter ido acordar meu pai sobre o que estava a acontecer. Recordo-me da alegria instalada em casa e nas ruas pelo que tinha sucedido. É com apreensão que hoje oiço os jovens dizerem que não sabem quem foi o 1º.presidente pós-revolução, quem são os líderes da oposição e até há quem não saiba qual é papel de Cavaco Silva...Se o Cap. Salgueiro Maia e outros não menos importantes não tivessem tido a coragem de enfrentar uma das páginas negras da nossa história, não estaria aqui a escrever estas palavras com a liberdade no meu coração. A política é cada vez mais desprezada pela juventude e mais ignorada pelo futuro do nosso país e os responsáveis de agora deveriam se preocupar com o que está a suceder, pois eles são isso mesmo:responsáveis! O 25 de Abril trouxe-nos a vantagem de podermos falar, discutir, argumentar e trocar as idéias que achamos plausíveis e passíveis de defender. Por isso, há quem diga 25 de Abril sempre. Não devíamos perder os ideais e as razões subjacentes para quem lutou por nós e para que possamos viver com a liberdade que merecemos, sem ser notícia pela negativa como se vê noutros países. Mas ser livre é ter também a oportunidade de aprender aquilo a que temos direito de aprender. Não esqueçamos também o dever de ensinar. Pela liberdade sempre. Pela democracia sempre. Pelos direitos conquistados, sempre.