segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Trabalho: alegrias e desmotivações


Hoje em dia, o trabalhador comum português é taciturno, está farto daquilo que faz e anseia por mudar. Não coloca alegria naquilo que faz e reduz, consequentemente, os seus níveis produtivos. A entidade patronal, na sua generalidade, não se preocupa com esse facto, talvez por achar que o trabalhador tem a obrigação de dar o melhor naquilo que faz, pois já é “suficientemente pago” para o seu desempenho e estão centenas de milhar no desemprego, espreitando uma oportunidade para agarrar o seu emprego.
Escudado nisso, ainda desloca por vezes o seu trabalhador, se existir oportunidade para isso, para outros níveis inferiores, proporcionando-lhe um castigo, que, concerteza, não irá melhorar a prestação do seu colaborador, antes pelo contrário, ao invés de se preocupar em melhorar as condições e oferecendo-lhe situações e factores de motivação.
Quem acaba por sofrer com isso, é todo o nosso sistema laboral. Existem prémios de produtividade em algumas empresas. Mas perguntem a alguns se não se importariam de trocar esses prémios monetários por outras coisas...Viagens, estadias, espectáculos, de preferência extensíveis à família, por exemplo.
Pessoalmente, acho que o sistema imposto na globalização está errado. Paga-se muito, trabalha-se muito e tem-se pouco tempo livre para nos dedicarmos a outras actividades que nos poderiam beneficiar a todos. Poderíamos ser mais altruístas, mais empreendedores.
Na minha óptica, se trabalhássemos 4 a 6 horas por dia, com vencimentos proporcionais, não só daríamos oportunidades a quem se encontra desempregado, como também nos facultaria a possibilidade de trabalhar com mais afinco nesse período, mais oportunidades para desenvolvermos outras actividades, ou até trabalhar noutras empresas.
É óbvio que o IVA teria que descer. É impensável continuarmos a pagar a factura ad eternum e os nuestros hermanos, por exemplo, pagarem menos 5% de IVA do que nós...
Não só o IVA, como outros impostos. Provavelmente teríamos as menores taxas de desemprego do mundo, as produções subiriam em flecha, e felicidade de trabalharmos e partilharmos mais momentos com a família, também.
Já pensaram que as empresas teriam funcionalismo durante 12 horas por dia ao invés de 8 horas por dia ? – Isto, claro, se se trabalhasse 6 horas por turno.

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