sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Claques


19 de Maio de 2007. Londres. Estádio de Wembley. Tive o privilégio de assistir ao vivo a final da Taça de Inglaterra entre o Chelsea e o Manchester United. Apesar de não ter sido dos melhores jogos, o espectáculo que rodeou o próprio jogo foi inolvidável.
Famílias inteiras a deslocarem-se ao estádio entre medidas de segurança óbvias, com muito profissionalismo, prenunciando a quem via, que sabiam perfeitamente o que tinham a fazer. Confrontos ? – Só no relvado...
Cânticos no metropolitano de Londres, onde as claques se confundiam de azul celeste e vermelho vivo, com letras destinadas aos artistas do espectáculo, algumas até ofensivas, mas sem sombra de qualquer confronto verbal que fosse.
Triste o nosso exemplo do último sábado, que é igual a tantos outros quando se defrontam velhos “rivais”. Claques acompanhadas pela força de segurança, que ao verem uma criança espreitar pela janela de sua casa e acenar com um cachecol que lhe enche o coração, logo lhe responderam com gestos ofensivos. Para uma criança!!
Quanto a mim, as claques são um mal perfeitamente desnecessário. O público que assiste não precisa delas. E afasta-nos, por vezes, dos jogos mais importantes. Quem nunca ouviu dizer que “ah...nesses jogos prefiro ficar em casa!” ?? Este ano, a Liga resolveu apenas dar acesso às manifestações por tarjas às claques que estejam legalizadas...É um passo. Estão identificadas as pessoas responsáveis por elas. Mas não chega. Na minha opinião, de cada vez que uma claque se pronunciasse de forma grosseira em relação ao adversário (palavra terrível esta...), o clube jogaria à porta fechada no próximo jogo que lhe calhasse em casa. Reincidência: multa pecuniária e 2 jogos à porta fechada. O mal acabaria. Não podem apenas cantar, gritar, assobiar sem ofender? Gostava apenas que vissem, tal como eu, um jogo da pátria dos hooligans e depois constatariam onde andam eles...

Sem comentários: